Nos últimos anos antes de Cristo, os romanos apoderaram-se do Castro de Conímbriga e fundaram aqui uma cidade. Não há muitas informações sobre a população que os romanos encontraram. Porém à escassez destes, opõem-se abundantes vestígios do período romano e dos que se lhe seguiram. Os romanos adaptaram o seu urbanismo geométrico à povoação pré-existente e construíram um aqueduto, um forum, termas... Dotaram a cidade de casas ricamente construídas e decoradas , as domus, com avançados sistemas de canalização e esgotos e também de bairros habitacionais e comerciais, as insulae. A cidade foi toda demarcada por uma vasta muralha.
No século III, surgem rumores de ataques ao Império por parte dos povos bárbaros. Em Conímbriga constrói-se uma muralha que corta parte da cidade. Esta muralha tem um objectivo claramente defensivo e na sua construção foram utilizados materiais retirados de edifícios abandonados.
A cidade sobrevive até finais do século VI, mas acaba por sucumbir às mãos dos bárbaros e da falta de água, transferindo-se a sede de bispado, que entretanto se instalara após a oficialização do cristianismo como religião oficial do Império, para Aeminium. O próprio nome se desloca e transforma-se em Colimbria e, mais tarde, em Coimbra.
Numa visita destaca-se:
O forum é um conjunto monumental constituído por uma série de construções com funções específicas - praça pública, templo, mercado, tribunal ... - construído no tempo do Imperador Augusto. Coexistiu com o bairro indígena, cujos vestígios ainda se podem observar a norte do templo sob estruturas actuais. O segundo forum data dos finais do século I. Foi em parte construído sobre o anterior e dedicou-se exclusivamente à função religiosa do culto imperial.
Esta tentativa de reconstrução do forum permite ter uma ideia das proporções do espaço e da altura das colunas dos pórticos.
O centro monumental das termas do Sul: são duas construções sobrepostas. Trata-se de um balneário do tempo de Augusto com frigidário (frigidarium), tepidário (tepidarium) e caldário (caldarium) e outros banhos maiores do período entre Flávio e Trajano, onde sobressaiem a piscina (natatio) e o ginásio (palestra).
A reconstrução da natatio.
Este era o espaço da palestra antes desta reconstrução, que apesar de parecer bem na foto, deixa muito a desejar.
Tanque (muito provavelmente de água quente - caldarium) das antigas termas.
A Casa de Cantaber é a maior domus de peristilo central de Conímbriga apresentando, inclusivé, banhos
privados.
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Vejam só a extensão da "moradia" nesta vista aérea, bem encostadinha à muralha
A muralha e as casas junto a esse setor da cidade
Altas muralhas de 6 metros de altura e 4 metros de grossura!
O setor junto ao aqueduto, onde se pensa terem existido lojas e e até uma estalagem que dava apoio aos que estavam de passagem na estrada para Aeminium
Casa dos Repuxos: casa de peristilo central com lago ajardinado, construída na primeira metade do século II. Pena os repuxos estarem desligados.
Vista aérea da Casa dos Repuxos andes de ser coberta pela estrutura metálica protetora
Um exemplo dos bonitos mosaicos, feitos com pequenos cubos (tesselas) de calcário, mármore ou vidro. Existem mosaicos geométricos, florais e figurativos.
Esta é uma vista do site arqueológico em que podemos observar a sua localização privilegiada no topo de um promontório rochoso, bem como a área escavada atualmente. Como podemos ver, a grande maioria do terreno está por escavar. Que mais vestigios ainda se poderão encontrar sob toda aquela terra?
Uma visita a Conímbriga não podia estar completa sem uma visita ao respetivo Museu Monográfico
Além de conhecermos os materiais aí expostos, também apreciamos o bonito arranjo paisagístico do
exterior.
E temos a possibilidade de visitar a reconstrução do peristilo de uma domus romana
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