quinta-feira, 23 de novembro de 2017

AS INVASÕES BÁRBARAS DO SÉCULO V




Numerosos povos bárbaros invadiram a Gália. Toda a região entre os Alpes e os Pirenéus, entre o Oceano e o Reno foi devastada pelos quados, vândalos, sármatas, albanos, gépidos, hérulos, saxões, burgúndios, alamanos e panoianos. O Império está na miséria. Mogúncia, antes uma cidade tão nobre, foi tomada e arruinada; e na sua igreja, milhares de pessoas foram massacradas. Worms foi destruída, depois de um longo cerco. Reims, aquela cidade poderosa, Amiens, Arras, Espira e Estrasburgo, todas viram os seus cidadãos serem levados como escravos. A Aquitânia e as províncias de Lião e Narbona, com exceção de poucas cidades, ficaram inteiramente despovoadas.”

Amiano Marcelino, Res gestae. Transcrito por Robinson, James Harvey. O.cit. V1. pp 44- (Adaptação)

Habitando as regiões fronteiriças do Império Romano, os povos bárbaros foram penetrando os territórios de Roma num processo lento e gradual. Inicialmente, dado o colapso da estrutura militar e as constantes guerras civis, os imperadores romanos realizavam acordos, pelos quais os bárbaros ganhavam o direito de habitar essas regiões. Em troca, eles defendiam a fronteira da invasão de outros povos. Esses primeiros bárbaros, incorporados no mundo romano, ficaram conhecidos como federados.
Nos séculos IV e V este processo de invasão ganhou feições mais conflituosas. Com a pressão exercida pelos Hunos (tártaro-mongóis), liderados pelo temível Átila, os povos bárbaros começaram a intensificar o processo de invasão do Império Romano.

Sem comentários:

Enviar um comentário