Crise na República Romana
- A República romana entra em crise nos séculos II e I a.C.
- Muitos soldados camponeses ingressavam no Exército para ter direito a terras quando saíssem das legiões. Ao retornar das guerras, não tinham como manter as suas propriedades e acabam por vendê-las a preços baixos. Os Plebeus, devido à utilização de mão-de-obra escrava nas propriedades, ficavam desempregados. Os ex-proprietários e os ex-trabalhadores das fazendas acabavam por sair das áreas rurais e migravam para os centros urbanos: êxodo rural. Nas cidades, especialmente em Roma, eles passaram a competir com os escravos por trabalho.
- Os Plebeus que participaram em guerras e conseguiram enriquecer, possuíam recursos para manter as suas terras. Desta forma surgiu uma nova classe social: os cavaleiros. Apesar da riqueza, não tinham participação política.
Tentativas para superar a Crise da República romana
Irmãos Graco
- Os Irmãos Tibério e Caio Graco, eleitos Tribunos da Plebe, defendiam reformas para atender aos desempregados e diminuir problemas sociais causados pela expansão romana.
- 133 a.C.: Tibério Graco na tentativa de resolver os conflitos sociais existentes em Roma aprovou uma Reforma Agrária. Tal medida provocou a insatisfação da aristocracia. Acabou por ser assassinado pela nobreza.
- Dez anos mais tarde, Caio Graco, retomou o projeto da Reforma Agrária e aprovou a Lei Frumentária, que obrigava o Estado a vender o trigo a preços baixos à população. As suas reformas entraram em choque com os interesses da aristocracia. Segundo uns, Caio, pressionado politicamente, cometeu suicídio em 121 a.C. (outra tese refere que foi assassinado).
Mário e Sila
- Militares, com alta popularidade devido às conquistas territoriais, ocuparam cargos políticos no Senado.
- Mário: apoiado pelas camadas populares, profissionalizou o exército e tornou as suas legiões fiéis ao seu comando e não a Roma.
- Sila: representante dos Patrícios, defendia os interesses dessa classe social. Venceu Mário e submeteu o Senado ao seu controlo, tornando-se ditador até 79 a.C.
- Todos estes problemas geraram um clima de insatisfação geral e conflitos.
Os Triunviratos e o início do Império Romano
Primeiro Triunvirato
- Como o Senado não conseguia impor a sua autoridade, três líderes militares populares, Pompeu, Crasso e Júlio César, em 60 a.C., impuseram-se ao Senado e formaram o Primeiro Triunvirato.
- Crasso morreu em 53 a.C., e Júlio César, que tinha muito prestígio, venceu Pompeu e tornou-se ditador de Roma. Fez várias reformas: dividiu terras entre plebeus, transformou o Senado apenas em conselho consultivo, construiu grandes obras e ofereceu trabalho aos desempregados.
- Senadores, descontentes com César, assassinaram-no.
Segundo Triunvirato
– Com a morte de Julio César, o Senado tentou tomar o poder.
- Para impedir isso, o cônsul Marco António, o chefe da cavalaria Lépido e Octávio (sobrinho e herdeiro de César) uniram-se e formaram o Segundo Triunvirato.
- Rapidamente, os três começaram a disputar o poder. Por pressão de Octávio, Lépido foi destituído do poder. Marco António rompeu com Octávio e aliou-se a Cleópatra, rainha do Egipto.
- Octávio, apoiado pelo Senado, acusou Marco António de se querer tornar rei do Egipto tendo começado um conflito. Marco António foi derrotado e suicidou-se. O Egipto foi transformado em província romana.
Octávio tornou-se o chefe supremo de Roma e recebeu o título de Augusto (divino, consagrado). Em 27 a.C., tornou-se o primeiro imperador romano, acabando, assim, o período republicano e começando o Império.
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