quinta-feira, 23 de novembro de 2017

A CRISE DO IMPÉRIO E A SUA DIVISÃO

A crise sócio-económica:

- A diminuição das guerras de conquista e a consequente diminuição do número de escravos, afectou a produção;
- No século III a crise económica atingiu o seu apogeu, as moedas perderam valor e os salários e os preços elevaram-se, provocando o aumento da população marginalizada e uma maior exploração da mão-de-obra escrava, responsável por revoltas sociais, exigindo uma constante intervenção militar.
- A disputa entre generais por maior influência política tendeu a agravar-se com o início das migrações bárbaras.
- Entre 293 e 305, o Imperador Diocleciano dividiu o Império em duas e depois em quatro partes, dando origem à Tetrarquia, numa tentativa de fortalecer a organização política sobre as várias províncias que compunham o império e aumentar o controle sobre os exércitos.
Tetrarquia consistiu na divisão do Império entre dois Augustos e dois Césares: Constâncio Cloro ficou com a zona Ocidental; Maximiano com o território da Itália e boa parte da África setentrional; Galério recebeu a Europa Oriental (Ilíria, Macedónia, Grécia); Diocleciano recebeu o Oriente (territórios asiáticos e o Egipto).
- Durante o governo de Diocleciano e Constantino, várias medidas foram adotadas na tentativa de conter a crise, como a criação de impostos pagos em produtos, congelamento de preços e salários e a fixação do camponês à terra.
- O imperador Constantino foi ainda o responsável pela conciliação entre o Império e o cristianismo, a partir do Édito de Milão (313), que garantia a liberdade religiosa aos cristãos, que até então haviam sofrido intensas perseguições.
- A nova religião foi ainda mais reforçada durante o governo de Teodósio quando, através do Édito de Tessalónica, o cristianismo foi considerado como religião oficial do Império.
A política imperial baseava-se na utilização da Igreja como aliada, na medida em que esta era uma instituição hierarquizada e centralizada e que nesse sentido, contribuiria para justificar a centralização do poder.
- Com a morte do imperador Teodósio I, em 395, o Império Romano foi dividido entre os seus dois filhos: Arcádio, que ficou com o Orientetendo por capital Constantinopla (Bizâncio), e Honório, que ficou com o Ocidentetendo por capital Roma. A partir daí, ocorreu uma progressiva separação entre Ocidente e Oriente.



A desordem política, a anarquia militar e a disseminação do Cristianismo são factores que, somados às Invasões Bárbaras, foram responsáveis pela crise e queda do Império Romano.
As invasões, processo de ocupação realizado pelos bárbaros (também chamados germânicos), povos que eram assim chamados pelos romanos por viverem fora dos territórios do Império e não falarem latim, introduziram as tradições bárbaras e fizeram o mundo feudal surgir lentamente.

Sem comentários:

Enviar um comentário