quarta-feira, 1 de novembro de 2017

O IMPÉRIO ROMANO - UM MUNDO DE CIDADES

A cultura romana estava intimamente ligada à cidade, entendida, tal como na Grécia, não como um simples conjunto de edifícios, mas como uma associação destinada a satisfazer hábitos, necessidades e interesses comuns aos que nela habitavam. Para além disso, os romanos consideravam as cidades como células ideais de administração, já que nelas se concentravam as instituições governativas.

Uma das primeiras tarefas, após a conquista, foi a reorganização ou a criação de centros urbanos: em regiões como a Grécia, onde o sistema de cidade já era antigo, os Romanos souberam respeitar a sua forma de funcionamento limitando-se a introduzir pequenas alterações; noutros locais, como a Gália ou a Península Ibérica, onde as cidades eram raras ou mesmo inexistentes, os Romanos apressaram-se a criá-las, proporcionando-lhes as condições necessárias ao seu desenvolvimento.
Assim, o Império Romano era um mundo de cidades dotadas de relativa autonomia, capazes de resolver localmente muitos dos seus problemas. E era sobre este espaço urbanizado que Roma estendia o seu domínio, impondo-se como modelo a seguir. Roma era a urbe por excelência, o centro de poder, o coração do Império.




Porque é importante para a compreensão, aqui fica a tradução:

«A expansão do mundo romano baseou-se numa rede de milhares de cidades por todo o império, que difundiram o estilo de vida urbano. Esta reconstrução de uma cidade ideal, servirá para descrever os seus elementos com mais pormenor.
Todos os grandes centros populacionais foram protegidos por uma muralha, que se abria em várias portas. Muito importante era o fórum ou praça pública, um espaço aberto de carácter monumental.
Para garantir o abastecimento de água, os engenheiros romanos construíram longos aquedutos, que abasteciam a cidade a partir de grandes distâncias. As termas eram um dos edifícios básicos para toda a cidade, já que os romanos eram grandes apreciadores dos banhos públicos. Nelas, os cidadãos podiam gozar os seus tempos livres, fazer ginástica ou receber massagens. 

A sociedade romana investiu muito do seu tempo em assistir a espetáculos, que eram apresentados em teatros, circos e anfiteatros.

Os anfiteatros, onde se faziam combates de gladiadores, eram construídos de acordo com o modelo do Coliseu de Roma, o qual albergava até 50.000 espectadores.

Outra importante construção foi o circo. Nele se faziam espetáculos como as corridas de quadrigas. Para isso tinha uma pista oval, dividida por um muro central adornada com estátuas e troféus, enquanto dos lados se situavam as bancadas.

Mas na cidade romana também havia edifícios dedicados ao culto - os templos. Estes últimos albergavam as múltiplas divindades do panteão romano e, apesar dos diferentes tipos, caracterizavam-se sempre pela sua simplicidade e equilíbrio.

Finalmente, as cidades romanas caracterizavam-se pelo conjunto de casas multi-cores, agrupadas em quarteirões mais ou menos regulares. Os mais afortunados, moravam em casas de um só piso. Estas tinham um átrio ou pátio central, por onde se acedia às principais divisões, algumas decoradas com mosaicos.»
Fonte: arteHistoria

JÚLIO CÉSAR E COMPANHIA

Vamos então saber um bocadinho mais sobre a vida de Júlio César e de outras figuras do Império Romano, como Marco AntónioOctávio e até Cleópatra.



Em relação a Cleópatra existem muitas dúvidas sobre o seu real aspeto. Será que seria uma mulher tão deslumbrante que conseguiu seduzir Júlio César e Marco António? Será que os relatos que dela são feitos estarão corretos? Será que as suas representações correspondem à realidade, como estas por exemplo?

É que as raras representações da senhora em moedas ou estátuas da época são muito raras e ela surge-nos de forma bem diferente.
Como aqui neste busto. O que se sabe ao certo é que era muito culta, muito inteligente, falava muitas línguas, tinha muitos conhecimentos sobre todos os assuntos e por isso conversava com os homens sobre tudo. Como devem calcular era diferente da grande maioria das mulheres do seu tempo, os homens estranhavam e acabavam por se encantar com o seu à vontade e inteligência. Seria esse o segredo de Cleópatra?

COMO É QUE A REPÚBLICA PASSOU A IMPÉRIO

Crise na República Romana

- A República romana entra em crise nos séculos II e I a.C.
- Muitos soldados camponeses ingressavam no Exército para ter direito a terras quando saíssem das legiões. Ao retornar das guerras, não tinham como manter as suas propriedades e acabam por vendê-las a preços baixos. Os Plebeus, devido à utilização de mão-de-obra escrava nas propriedades, ficavam desempregados. Os ex-proprietários e os ex-trabalhadores das fazendas acabavam por sair das áreas rurais e migravam para os centros urbanos: êxodo rural. Nas cidades, especialmente em Roma, eles passaram a competir com os escravos por trabalho.
- Os Plebeus que participaram em guerras e conseguiram enriquecer, possuíam recursos para manter as suas terras. Desta forma surgiu uma nova classe social: os cavaleiros. Apesar da riqueza, não tinham participação política.

Tentativas para superar a Crise da República romana

Irmãos Graco
- Os Irmãos Tibério e Caio Graco, eleitos Tribunos da Plebe, defendiam reformas para atender aos desempregados e diminuir problemas sociais causados pela expansão romana.
- 133 a.C.: Tibério Graco na tentativa de resolver os conflitos sociais existentes em Roma aprovou uma Reforma Agrária. Tal medida provocou a insatisfação da aristocracia. Acabou por ser assassinado pela nobreza.
- Dez anos mais tarde, Caio Graco, retomou o projeto da Reforma Agrária e aprovou a Lei Frumentária, que obrigava o Estado a vender o trigo a preços baixos à população. As suas reformas entraram em choque com os interesses da aristocracia. Segundo uns, Caio, pressionado politicamente, cometeu suicídio em 121 a.C. (outra tese refere que foi assassinado).
Mário e Sila
- Militares, com alta popularidade devido às conquistas territoriais, ocuparam cargos políticos no Senado.
Mário: apoiado pelas camadas populares, profissionalizou o exército e tornou as suas legiões fiéis ao seu comando e não a Roma.
Sila: representante dos Patrícios, defendia os interesses dessa classe social. Venceu Mário e submeteu o Senado ao seu controlo, tornando-se ditador até 79 a.C.
- Todos estes problemas geraram um clima de insatisfação geral e conflitos.

Os Triunviratos e o início do Império Romano

Primeiro Triunvirato
- Como o Senado não conseguia impor a sua autoridade, três líderes militares populares, Pompeu, Crasso e Júlio César, em 60 a.C., impuseram-se ao Senado e formaram o Primeiro Triunvirato.
- Crasso morreu em 53 a.C., e Júlio César, que tinha muito prestígio, venceu Pompeu e tornou-se ditador de Roma. Fez várias reformas: dividiu terras entre plebeus, transformou o Senado apenas em conselho consultivo, construiu grandes obras e ofereceu trabalho aos desempregados.
- Senadores, descontentes com César, assassinaram-no.

Segundo Triunvirato
– Com a morte de Julio César, o Senado tentou tomar o poder.
- Para impedir isso, o cônsul Marco António, o chefe da cavalaria Lépido e Octávio (sobrinho e herdeiro de César) uniram-se e formaram o Segundo Triunvirato.
- Rapidamente, os três começaram a disputar o poder. Por pressão de Octávio, Lépido foi destituído do poder. Marco António rompeu com Octávio e aliou-se a Cleópatra, rainha do Egipto.
- Octávio, apoiado pelo Senado, acusou Marco António de se querer tornar rei do Egipto tendo começado um conflito. Marco António foi derrotado e suicidou-se. O Egipto foi transformado em  província romana.
Octávio tornou-se o chefe supremo de Roma e recebeu o título de Augusto (divino, consagrado). Em 27 a.C., tornou-se o primeiro imperador romano, acabando, assim, o período republicano e começando o Império.



AS INSTITUIÇÕES REPUBLICANAS



ROMA - EVOLUÇÃO POLÍTICA E ETAPAS DA CONQUISTA




ETAPAS DA CONQUISTA (resumo)
1ª Etapa – Entre os séculos V e IV a.C.; corresponde à conquista de toda a Península Itálica.
Com a conquista e a unificação da Península Itálica, Roma transformou-se numa respeitável potência. O problema é que o seu território passou a fazer fronteira com Cartago, outra grande e temível potência da época.
Cartago era uma cidade de origem fenícia (punicus, em latim), situada no norte de África. Contra ela, entre os anos 264 e 146 a.C., Roma travou três guerras, na segunda das quais teve que enfrentar o lendário general cartaginês Aníbal. Esses confrontos, que os romanos venceram, ficaram conhecidos como Guerras Púnicas.
2ª Etapa - Entre os séculos III e II a.C.;  conquista da Sicília, Península Ibérica, Norte de África, Grécia e os reinos helenísticos da Ásia Menor e da Síria.
3ª Etapa – Entre o século I a.C e os séculos I e II d.C.; nesta fase, os romanos conquistaram a Gália (actual território da França, algumas partes da Bélgica e da Alemanha e o Norte de Itália), o Egipto, a Britânia (sul da actual Grã-Bretanha) e a Dácia (Roménia e Moldávia actuais).

TÓPICOS DE RESOLUÇÃO DO TESTE


TÓPICOS DE RESOLUÇÃO DO TESTE
Grupo I

1.       b)

2.       b)

3.       b)

4.       a)

5.       a) 4; b) 7; c) 3; d) 6; e) 1

6. Apresentar dois elementos do texto que comprovam o carácter direto da democracia ateniense.

(Indicar dois dos seguintes)

-  a escolha dos cargos por todos;

-  a administração da justiça pelos cidadãos, escolhidos entre todos;

-  o governo de todos por cada um e de cada um por todos.


7. Desenvolver o tema:

Igualdade e desigualdade na Atenas democrática

Introdução: Alusão às diferenças entre a democracia ateniense e a atual. A democracia ateniense/antiga funcionava apenas para um grupo restrito de cidadãos. A maioria da população não só não tinha direitos políticos, como também não lhe eram reconhecidos muitos outros direitos civis, considerados fundamentais nas atuais democracias.

Direitos e obrigações dos cidadãos:

(Escolher três)

Direitos: - participação na vida política; - posse de bens de raiz.
Obrigações: - prestação de serviço militar em defesa da cidade; - governo da cidade; - organização das festas religiosas; - pagamento de impostos.

Estatuto e funções dos metecos

(Escolher três)

- Gregos oriundos de outras cidades-estado eram considerados estrangeiros, independentemente do tempo de permanência na cidade; - não tinham o direito de participar no governo da cidade nem de se representar a si próprios nos tribunais; - estavam impedidos de possuir bens de raiz (propriedades); - encontravam-se sujeitos ao pagamento de impostos e à prestação de serviço militar; - dedicavam-se sobretudo ao comércio e artesanato.

Condição da mulher ateniense

As mulheres dos cidadãos

(Escolher três)

- Dedicavam-se às tarefas domésticas e à educação das crianças; - a sociedade ateniense negava-lhes não só os direitos políticos como também o direito de disporem de si próprias e de administrarem os seus bens; - o casamento fazia passá-las da tutela do pai para a do marido e, se enviuvavam, ficavam sob a autoridade do filho mais velho ou de um parente próximo; - não possuíam quaisquer direitos políticos.

Utilização adequada e sistemática da terminologia específica da disciplina

Grupo II

1.       Ordem Jónica

2.       O capitel da coluna é decorado com volutas.

3.       d); a); b); e); c).

Apresentar o templo a que pertence o relevo do Doc. 6. Referir:

o local onde se encontra: a Acrópole de Atenas;

a ordem arquitetónica em que se integra: ordem dórica;

o artista responsável pelas esculturas que o adornam: Fídias;

o tema do friso a que pertence o fragmento reproduzido: procissão das Panateneias.

FAZ HOJE 262 ANOS